quinta-feira, 4 de junho de 2009

Perdas comerciais

As empresas que fornecem água encanada para os consumidores sofrem perdas de faturamento devido a perdas físicas, os conhecidos vazamentos e também devido a perdas comerciais, quando uma parte da água usada pelos consumidores não é faturada. Esta perda comercial é causada por problemas de medição e também por fraudes. Estima-se que mundialmente as empresas de água estão dando 15% da sua produção de graça aos consumidores devido a medidores de água de má qualidade ou antigos.

A maioria dos modelos dos hidrômetros hoje utilizados, inclusive modelos modernos como aquele na foto embaixo, possuam uma rodinha mecânica que é movimentada pelo fluxo de água. Através de uma transmissão, esta rodinha faz girar a relogaria do medidor. A sensibilidade destes medidores pode variar. Os hidrômetros mais antigos, devido á desgaste natural e impurezas na água, perdem a sensibilidade e somente começam a girar quando o fluxo da água já é bem grande e eles ignoram os fluxos mais súteis. Muitas vezes estes fluxos mais súteis acontecem quando a cisterna é quase cheia com a boía já quase fechada e podem levar horas até a bóia fecha totalmente. Assim sendo, muitos consumidores sofreram uma surpresa violenta quando a empresa de água trocou o hidrômetro antigo e bonzinho por um modelo novo de alta sensibilidade. Na indústria de metrologia existem quatro classes de sensibilidade para encaixar os diversos modelos de medidores, sendo que os mais sensíveis são os da classe D e os mais simples (e mais económicos) são os da classe A.

A RCA Hydrotech, que fornece soluções para o combate á perdas de água entrou em uma parceria com a Sappel S.A. (França) que faz parte do grupo franco-alemão Diehl, que é lider de mercado mundialmente em tecnologia de medição de água, gás e energia elétrica.

Além de medidores econômicos tipo mono-jato da classe B que servem para medição de consumo residêncial, a SAPPEL fabrica modelos multi-jatos da classe B/C que são mais indicados em situaçãos aonde há mais impurezas na água e modelos volumétricos classe C/D de alta precisão que contam cada gota. O modelo na foto embaixo é um medidor (modelo Altaïr)de classe C que é fabricado pela Sappel do Brasil em Recife.

A última novidade da SAPPEL que será brevemente disponível no mercado brasileiro é um medidor na base de ultra-som. Por não ter peças mecânicas que podem travar quando há impurezas acumuladas, este medidor é a melhor opção em lugares com alto grau de impurezas na água, como por exemplo em água usada para irrigação ou até mesmo para medir efluentes industriais. O sensor ultrassônico deste medidor é alimentado por uma fonte de energia com autonomia de doze anos. A tela do medidor é digital e ele já vem com um transmissor embutido para leitura remota via rádio. Este tipo de medidor é o único que não contabiliza a passagem de ar, como é o caso com todos os modelos que funcionam com peças físicas movimentadas pelo fluxo de água (ou ar em algumas situações).

A foto acima mostra o medidor ultrassônico modelo Hydrus 171. Para o lançamento no Brasil a denominação do modelo deve ainda mudar.